19 de mar. de 2010

Hospital britânico tratará adolescentes viciados em internet

Um hospital privado de Londres iniciou um tipo de terapia desenvolvida especialmente para tratar o vício dos adolescentes em internet, um fenômeno que pode "prejudicar seriamente" suas vidas, afirmou nesta quinta-feira (18/3) o organismo.

O Hospital Capio Nightingale, no centro de Londres, anunciou ter concebido o programa "Young Person's Technology Addiction" (vício tecnológico em jovens) depois de receber diversas ligações de pais desesperados.

"Passar o tempo, sem limites, na Internet, em frente à tela do computador ou com jogos eletrônicos pode prejudicar seriamente a vida" dos jovens, explicou o doutor Richard Graham, responsável pelo tratamento.

A terapia "adapta-se a cada indivíduo e vai desde um tratamento intensivo no hospital até sessões em grupo ou individuais". "O princípio consiste em reforçar as atividades sociais que não estejam ligadas à Internet e em estabelecer estratégias para confrontar os problemas que possam ocorrer", afirma o hospital especializado em problemas mentais.

O objetivo é aumentar a confirança dos adolescentes nos encontros "da vida real", em oposição aos contatos na Internet (em particular na rede social Facebook), e ajudá-los a "controlar a energia e a excitação posterior a uma sessão prolongada de jogos eletrônicos". "A ênfase se coloca nos meios que permitem se desconectar", completa o hospital.

"Esperamos atacar as causas subjacentes deste vício para que os 'sceenagers' voltem a ser 'teenagers'", declarou o doutor Graham. Os "screenagers" são os adolescentes ("teenagers") que passam muitas horas diante da tela ("screen") do computador.

Alguns pais explicaram que seus filhos ficavam "furiosos" quando pediam para que desligassem o computador. Em alguns casos foi necessário que a polícia interviesse, explicou o doutor Graham em uma entrevista publicada na quarta-feira pelo jornal londrino Evening Standard.

Outras clínicas do Reino Unido oferecem tratamentos contra o vício em internet, mas não são dirigidos especialmente aos adolescentes.

Fonte: Correio Braziliense

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