17 de jul. de 2007

Vampiro


Tu que, como uma punhalada,

Em meu coração penetraste,

Tu que, qual furiosa manada

De demônios, ardente, ousaste,

De meu espírito humilhado,

Fazer teu leito e possessão-

Infame à qual estou atado

Como o galé ao seu grilhão

Como ao baralho o jogador,

Como à carniça o parasita,

Como à garrafa o bebedor-

Maldita sejas tu, maldita!

Supliquei ao gládio veloz

Que a liberdade me alcançasse,

E ao veneno, pérfido algoz,

Que a covardia me amparasse.

Ai de mim! Com mofa e desdém,

Ambos ma disseram então:

"Digno não és de que ninguém

Jamais te arranque à escravidão,

Imbecil! - se de teu retiro

Te libertássemos um dia,

Teu beijo ressuscitaria

O cadáver de teu vampiro!



texto retirado de:

http://www.mantodanoite.hpg.ig.com.br/mantopoemas.htm

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