97,7% dos municípios têm destino final do lixo inadequado, segundo dados do Caouma/MP.
Roberta Gomes/ Imirante
Foto: Biaman Prado/ O Estado
Entre os problemas que o Brasil enfrenta em relação à preservação do meio-ambiente, está a gestão do lixo e a sua destinação final. Levantamentos recentes, de acordo o Ministério Público, mostram que 70% dos municípios brasileiros têm destinações inadequadas dos resíduos sólidos. No Maranhão, o cenário também é complicado: apenas três municípios afirmam ter aterro sanitário como destino do lixo recolhido no local.
O dado do Maranhão foi revelado em um levantamento realizado pelo Centro de Apoio Operacional de Meio Ambiente, Urbanismo e Patrimônio Cultural (Caouma). O relatório de Gerenciamento de Resíduos Sólidos no Estado do Maranhão mostra a situação de 127 municípios do Estado, que se dispuseram a responder os questionários enviados pelo Ministério Público. Outros 90 não se manifestaram.
De acordo com o relatório, além dos três municípios que afirmam ter aterro sanitário – destino aceitável para os resíduos que não podem ser aproveitados –, 102 dizem ter apenas “lixões” como unidade de disposição final dos resíduos, um percentual de 80,3% dos municípios. No Brasil, 50,8% dos municípios afirmam ter esse tipo de destino final para o lixo. “O cenário é superior à média brasileira, o que aponta a necessidade de medidas eficazes para a sua reversão”, diz o promotor de Defesa do Meio Ambiente e responsável pelo Caouma, Luís Fernando Barreto.
Alguns municípios afirmam, ainda, ter outro tipo de destino para o lixo, como o aterro controlado e a queima. “Atualmente, o único destino aceitável para o lixo é o aterro sanitário, mas o que vemos que é ele quase inexiste no país e, principalmente, no Maranhão”, comenta Fernando Barreto. No total dos municípios que prestaram informações, 97,7% trabalham como disposição inadequada dos resíduos sólidos.
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