Na nota, Sarney diz que vai enviar ofício conferindo “todos os poderes e outorgando as permissões previstas nas leis brasileira e de quaisquer países” ao procurador-geral para que se peçam informações sobre contas bancárias que o presidente do Senado tenha ou tenha tido no exterior.
O ofício, diz a nota, vai autorizar também a requisição ainda de informações sobre valores, ações, depósitos, investimentos, propriedades e qualquer movimentação financeira que estejam no nome de Sarney.
De acordo com a reportagem, o documento com o título “JS-2” relata a movimentação de uma conta em dólares no exterior. Ele mostra a movimentação da conta, como a entrega de US$ 10 mil em Veneza no dia 10 de junho de 2001, dia em que foi aberta a Bienal de Veneza. Sarney e Edemar viajaram juntos para ver a mostra.
Os registros mostram ainda duas retiradas: US$ 4.717 em 18 de dezembro de 2000 e US$ 2.273 em 21 de março de 2001. As duas transações foram convertidas para o real, de acordo com anotações da planilha.
Edemar Cid Ferreira e José Sarney afirmaram desconhecer as informações sobre a conta. Sarney informou que não manteve recursos fora do país nesse período e, sobre o repasse do dinheiro quando estava em Veneza, respondeu: “isso não me diz respeito."
Edemar afirmou que o Banco Santos nunca foi depositário de recursos de terceiros no exterior. “Desconheço a existência de um arquivo JS-2 em meu computador. Não sem quem criou, quando, e com quem propósito”, disse o ex-banqueiro à “Veja”.
A reportagem esclarece que não é crime ter conta no exterior, mas mandar recursos para fora sem que as autoridades competentes sejam notificadas.
De acordo ainda com o texto, a revista teve acesso ao documento, parte do material sobre o caso de liquidação extrajudicial do Banco Santos, mas só na última semana teria ficado claro que o código "JS-2" diria respeito a uma conta em dólares de José Sarney.
Fonte: G1
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